Coleção Bibliofilia: notas de leitura

Adquiri os livros na Coleção Bibliofilia durante a III Feira do Livro da Unesp. A princípio ia comprar apenas uma das obras, pois o comentário de um colega bibliotecário – do Jorge do Prado, mais especificamente – havia me deixado curiosa sobre o livro A sabedoria do bibliotecário. Mas sabe como é feira do livro, você chega na banca (virtual) da editora para comprar uma coisa e quando pisca já está com o carrinho cheio. Foi justo isso que aconteceu nesse caso.

Descrição: Fotografia colorida exibindo as capas dos livros da Coleção Bibliofilia. As capas possuem como plano de fundo sequências de seus respectivos títulos e autores. Há desenhos abstratos por cima desse plano de fundo. Fonte da imagem: Edições Sesc.
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Resumo do 36 Painel Biblioteconomia em Santa Catarina

O campus do Instituto Federal localizado na cidade de São José recebeu entre os dias 2 e 4 de agosto de 2018 o 36º Painel Biblioteconomia em Santa Catarina. Organizado pela Associação Catarinense de Bibliotecários (ACB), o evento contou com a participação de profissionais de vários estados brasileiros.

A edição deste ano teve como tema A formação política e os espaços transformadores de atuação do bibliotecário no contexto atual e contou com oficinas, palestras, apresentação de trabalhos e grupos de discussão. Um resumo do que rolou no evento você confere abaixo e também num moment que montei lá no Twitter e que reúne os tuítes que postei ao longo do evento com a tag #36PainelBiblio.

Logomarca do evento

#PraCegoVer: Retângulo com fundo lilás. No canto esquerdo aparece, dentro de um losango, o número 36º. Centralizados na direita estão o nome, o tema, a data e o local do evento escritos na cor branca. Fonte da imagem: site do evento

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Bibelôs de Biblioteconomia

Bibelô. Substantivo masculino com três sílabas e seis letras cujo significado é “objeto ou adorno utilizado para enfeitar móveis”. Alguns dicionários acrescentam “objeto irrelevante e de pouco valor” a esta definição. Mas como valor é algo subjetivo, a postagem de hoje é sobre essas pequenas fofuras que todos/as temos e adoramos. Não adianta negar, meu bem. Na verdade, este post é sobre um tipo específico de bibelô: aquele que tem a Biblioteconomia como tema. Continuar lendo

Eu, bibliotecária de referência

Quando eu estava na graduação atuar no setor de referência não era um dos meus “sonhos”. Eu não me imaginava fazendo o que faço hoje. Quando comecei a trabalhar, tanto em outros locais quanto no meu atual emprego, atuava no processo técnico. Ainda desenvolvo algumas ações nesse setor, inclusive. Sempre me via como alguém 110% bastidores, nunca na vida que eu, Izabel, ia ficar na frente de uma turma de metodologia apresentando um treinamento. Bem…

Obviamente, a vida resolveu que eu estava errada. Ou quase isso. Comecei aos poucos a me envolver nas atividades do setor de referência. Ajudar a administrar a fanpage e o blog (amo blogs!) da biblioteca? Posso sim. Aconteceu um imprevisto e não tem outro bibliotecário para acompanhar a visita guiada? Ok, eu consigo fazer isso. Dúvida de normalização? Senta aqui, vamos conversar.

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Tão bonitinha falando de Normalização… Fonte: Nadsa Cid

Em resumo: fui me envolvendo com essas atividades e passando a gostar muito de realizá-las. Passando até a sugerir novas atividades. Fui de “não acho que a referência seja pra mim” para alguém que passa horas preparando tutoriais, treinamentos, eventos, alimentando mídias sociais. E no meio de todo esse processo descobri o quanto a referência e eu combinamos.

Atuar nesse setor requer curiosidade, criatividade, tenacidade, jogo de cintura, uma boa dose de sangue frio e espírito de aventura. Acho que é justamente isso que me faz gostar tanto dele. Nenhum dia de trabalho é igual ao outro e quando penso que já vi tudo aparece um usuário – desculpa galerinha que defende uso do termo “cliente”, mas vocês (ainda?) não me convenceram – que me surpreende de algum jeito.

Nem sempre é surpresa boa… Um dia conto pra vocês as histórias nada agradáveis que já encarei. Mas hoje vou focar na satisfação que é ver uma turma inteira elogiar seu trabalho; na alegria de receber recadinho dizendo que sua explicação fez diferença; que o tutorial que você elaborou, além de útil, é completo e inovador; que uma coisa que você realizou fez com que alguém olhasse com mais carinho e respeito para o trabalho da biblioteca… Pode parecer pouco, mas, particularmente, fico muito feliz quando descubro que meu trabalho faz a diferença. Afinal, se não é para fazer uma diferença positiva, que sentido teria ser bibliotecária?

Se você chegou aqui porque se pergunta se “você e a referência combinam” pode curtir ler esse texto aqui onde dou conselhos – não prometo que sejam bons – pra futuros bibliotecários de referência. Se já trabalha/trabalhou na referência conta pra mim o que você mais gosta (ou odeia) nesse setor.

Até breve! 🙂

 

Conselhos para futuros bibliotecários de referência

Se você olha para o Setor de Referência e pensa “será que isso aí é pra mim?”, então essa lista de conselhos é pra você.

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E aí, concorda com a citação? Fonte: Adaptado de Pixabay

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#Resenha – Eu amo bibliotecas

BORGES, Iris. Eu amo bibliotecas. São Paulo: Instituto Callis, 2009.

Não é novidade bibliotecas servirem como cenário e/ou inspiração para narrativas literárias. A leitura, especialmente a de livros, é comumente a associado a magia e ao encantamento. Sendo as bibliotecas o mais antigo abrigo dos livros já era de se esperar que a mágica associada ao segundo desaguasse também no primeiro.

Esse é o caso do livro infantil Eu amo bibliotecas, escrito por Iris Borges. Esse livro narra, em primeira pessoa, a relação de uma menina com a biblioteca localizada nas proximidades de sua casa.

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Capa do livro Eu amo bibliotecas.

A pequena narradora conta o que gosta de fazer quando vai a biblioteca. Ela é observadora e uma das coisas que mais chama sua atenção é o comportamento da bibliotecária. Nesse ponto, ela descreve de maneira simples, óbvio, as principais atividades exercidas por essa profissional. No livro aparece o atendimento ao público, o processo técnico (tem até foto de um fichário antigo), a realização de atividades culturais diversas na biblioteca. E tudo isso é associado a figura da bibliotecária pela menina. Que baita propaganda positiva da nossa profissão!

Ao final do livro, há um pequeno texto falando um pouco sobre a importância das bibliotecas e sobre os/as bibliotecários/as. Esse é um livro para leitores que já tem um certo nível de leitura. A faixa etária recomendada é de 5-8 anos. As ilustrações são criativas e o acabamento é excelente.

Amei o modo como a biblioteca, a bibliotecária e, indiretamente, a biblioteconomia, são representados nessa obra. 🙂 ❤ E vocês, conhecem outros livros infantis em que a biblioteca e/ou bibliotecários/as são representados de um jeito tão legal?

A Biblioteconomia no escurinho do cinema

Eu adoro cinema! E adoro mais ainda quando encontro filmes que proporcionam uma reflexão interessante sobre a Biblioteconomia e os bibliotecários. Então, elaborei um top 3 de filmes, não foi fácil e já escuto o mimimi, com bibliotecários e/ou bibliotecas. Cada filme tem uma abordagem e linguagem diferentes e, portanto, apontam para diferentes caminhos percorridos pela nossa profissão.

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Quem inspira você?

Hoje é Dia do Bibliotecário/a e resolvi passar por aqui para te fazer uma perguntinha: Quem inspira você profissionalmente?

Podem ser bibliotecários/as do passado e do presente. Podem ser (ex-)professores. Podem ser colegas de curso. Pode até ser um profissional que não seja da área de Biblioteconomia. O importante é que essa pessoa te ajude a encontrar equilíbrio na sua profissão e contribua para despertar o melhor que há em você.

A inspiração pode começar de muitas formas. Alguém pode ser inspirador (pra você) por uma série de motivos. Continuar lendo

E o aprovado na seleção foi… Capistrano de Abreu

Quando se fala em concurso para bibliotecário quem conhece um pouco da história da Biblioteconomia lembra logo de Manuel Bastos Tigre que é considerado o primeiro bibliotecário concursado no Brasil. Ele conseguiu isso ao defender uma tese sobre a Classificação Decimal de Dewey (CDD) e por meio dela obter o cargo de bibliotecário do Museu Nacional.

Entretanto, antes do curso de Biblioteconomia existir no Brasil, obviamente, já existiam bibliotecas no país e já existiam pessoas, em geral eruditos, que as administravam. Mas como eles eram escolhidos? Bem, normalmente eram indicados por alguém. Esse foi o caso do Ramiz Galvão cuja trajetória brilhante a frente da Biblioteca Nacional (BN) já foi contada aqui no blog. E foi justo durante a gestão dele que foi realizada a primeira seleção visando escolher alguém para ocupar o cargo de “bibliotecário”. Continuar lendo

Bibliotecários também pesquisam

Bibliotecários também pesquisam. E como pesquisam! E precisamos pesquisar ainda mais.

Por quê?

Porque a Biblioteconomia têm muitas questões incômodas que para serem eficazmente respondidas precisam que os “bibliotecários praticantes” compartilhem, discutam e construam experiências. Pesquisar pode nos ajudar a entender melhor nossa área de atuação, os usuários que pretendemos atender, conhecer colegas de profissão (essa é uma das funções dos eventos científicos) e ascendermos em nossa carreira profissional.

Esses e mais alguns outros motivos para investirmos na prática da pesquisa são expostos pela Carol Tenopir em Bibliotecários também pesquisam. Uma das coisas boas desse texto curtíssimo produzido pela Tenopir é que as recomendações dela são bem pontuais. Na verdade, o texto é uma espécie de “passo a passo motivacional” que busca incentivar os bibliotecários a desenvolverem (ainda mais) suas habilidades de pesquisadores. Continuar lendo