A Biblioteconomia no escurinho do cinema

Eu adoro cinema! E adoro mais ainda quando encontro filmes que proporcionam uma reflexão interessante sobre a Biblioteconomia e os bibliotecários. Então, elaborei um top 3 de filmes, não foi fácil e já escuto o mimimi, com bibliotecários e/ou bibliotecas. Cada filme tem uma abordagem e linguagem diferentes e, portanto, apontam para diferentes caminhos percorridos pela nossa profissão.

Desk Set

O primeiro da lista foi uma recomendação da Iara Vidal. Ela falou tão bem do filme que fiquei super curiosa para assistir. Desk Set, de 1957, mostra o incrível trabalho realizado por uma equipe de bibliotecárias de referência que atuam em uma empresa de radiodifusão. A trama gira em torno da chegada do Electromagnetic Memory and Research Arithmetical Calculator (EMERAC), uma espécie de computador, na empresa.

Como sempre Katharine Hepburn faz uma ótima atuação. Ela e Spencer Tracy mostram sintonia durante toda trama. O que mais curti no filme foi a maneira como as bibliotecárias são representadas. Elas são inteligentes, vibrantes, competentes e com um senso de humor delicioso. Desk Set é uma comédia leve, com ótimos diálogos e uma representação simpática da profissão de bibliotecário(a).

Pontos para observar:

  • A necessidade da alta gestão comunicar de modo claro mudanças que vão acontecer na biblioteca. No filme, é justo essa falta de comunicação que atrapalha tudo;
  • A necessidade de uma boa relação entre bibliotecários e TI;
  • Como bibliotecárias de referência são maravilhosas. 🙂

O nome da rosa

O segundo filme da lista já é um clássico nas salas de aula de Biblioteconomia. Sério, se você não assistiu esse filme na graduação, ela não foi completa. :p

Baseado no livro homônimo de Umberto Eco, esse filme tem como ponto de partida a investigação, conduzida por um frade franciscano e seu assistente, de  uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. O nome da rosa mostra um pouco do trabalho dos monges copistas e explora como a centralização da guarda e a restrição ao acesso as fontes de informação são nocivas.

Sempre que assisto esse filme fico pensando na quantidade de obras incríveis que foram destruídas e/ ou distorcidas ao longo da história da humanidade porque seu conteúdo ia contra a ordem vigente.

Pontos para observar:

  • Trabalho dos monges copistas;
  • Como censura e autoritarismo são nocivos para bibliotecas.

Pagemaster: o mestre da fantasia

Pagemaster é um filme sobre o poder da leitura e da imaginação. Duas coisas que tocam particularmente as bibliotecas. Já tive minha vida salva uma vez pela leitura e talvez por isso eu goste e me lembre desse filme com cero carinho.

A enredo é simples. Durante uma tempestade um garoto chamado Richard, interpretado por Macaulay Culkin, que odeia livros acaba tendo que se abrigar numa biblioteca. Nela, ele encontra um excêntrico bibliotecário que – depois dos protestos iniciais de Richard, afinal ele não gosta de livros e, portanto, não precisa de um cartão da biblioteca – o transporta para um mundo de aventuras. É nesse mundo mágico que ele faz amizade com três livros: Aventura, Fantasia e Horror.

Aliando recursos de animação e clássicos da literatura, Pagemaster mostra de um jeito leve o quanto a leitura pode ser transformadora. Acho esse filme a cara da segunda Lei de Ranganathan.

Pontos para observar:

  • Poder transformador da leitura;
  • Importância do bibliotecário atrair não-usuários para a biblioteca.

Curtiu a lista? Já conhecia esses filmes? Deixe sua opinião e sugestões nos comentários. Até a próxima postagem. 🙂

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