Uma das mais antigas definições de Serviço de Referência (SR) é a da bibliotecária Alice Bertha Kroeger que definia o SR como sendo “parte administrativa da biblioteca, que dizia respeito à assistência aos leitores no uso das fontes da biblioteca” (KROEGER, 1908, p. IX, tradução minha). Um tanto reducionista, não acham?
Essa e outras definições do SR refletem o cenário que deu origem a esse tipo de atividade. Afinal, ela surgiu para ajudar as pessoas que iam até as bibliotecas na consulta do catálogo, pois esses instrumentos eram difíceis de manusear. Sobre a estrutura dos catálogos de biblioteca no período de transição do século XIX pro XX sabemos que eles se caracterizavam enquanto “[…] inventários de coleções (como livros de tombo), em geral organizados em códices, ou seja, na forma de livro (DOTTA ORTEGA, 2010, p. 4). Consultar esses livros de tombo era moroso e requeria certo grau de expertise técnica para garantir que nenhuma obra útil passasse desapercebida.
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