Carta de uma aprendiz de escritora

Fortaleza, 31 de maio de 2020

Olá!

Estou tentando escrever essa carta para você desde fevereiro ou março. Já nem sei mais. Os dias andam estranhos e tem horas que o ritmo do tempo parece ter mudado. Mas só parece. O tempo segue o mesmo desde que o mundo é mundo. Nós é que estamos mais confusos do que estávamos em março ou fevereiro.

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Exercício de Escrita #1

— Eita! Lá vem o Gabriel. Deve estar vindo reclamar das faltas que professor de geografia não quis abonar.

— Boa tarde, fessora! Posso entrar?

— Pode, Gabriel. Mas aviso que se for pra pedir pra abonar faltas da disciplina de geografia eu não vou intervir não. O que seu professor decidiu, está decidido. E também não vou passar atividade pra compensar. Fizemos isso semestre passado com as suas faltas e olha no que deu!? Tá faltando muito de novo.

— Mas fessora, tenho um bom motivo. Teve uma morte…

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A janela, a cortina, o aviso e a dádiva**

Se mexeu na cama meio acordada, meio dormindo. Olhou em direção a janela e o sol quente, mesmo sendo ainda tão cedo, lhe atingiu em cheio o rosto e terminou o trabalho que o despertador tinha começado.

Tinha que comprar uma cortina pra janela, pensou. Pensava isso todas as manhãs. Nunca comprava a cortina.

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