Serviço de referência: do presencial ao virtual – Resenha

ACCART, Jean-Philippe. Serviço de referência: do presencial ao virtual. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2012.

Todo e qualquer serviço de informação só possui razão de existir na medida em que se esforça para conseguir atender as necessidades informacionais da sua comunidade de usuários. Nesse sentido, todos os setores de uma biblioteca, por exemplo, desempenham um papel fundamental. Desde a obtenção de recursos, passando pela seleção de materiais e pelos processos de representação, até o momento em que o documento é consultado e/ou emprestado, cada tarefa desempenhada pela equipe da biblioteca visa, em alguma instância, atender a essas necessidades.

Entretanto, de todas essas atividades, existe uma que lida mais diretamente com o atendimento das necessidades de informação: o serviço de referência. E como o próprio título indica é justamente esse setor e suas nuances o foco do livro “Serviço de referência: do presencial ao virtual”, de Jean-Philippe Accart. Continuar lendo

Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da informação: o diálogo possível – Resenha

ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila. Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da informação: o diálogo possível. Brasília, DF: Briquet de Lemos: São Paulo, SP: Associação Brasileira de Profissionais da Informação, 2014. 200 p.

Preservar a memória por meio da guarda documental e, mais recentemente, possibilitar o acesso aos documentos que registram essa memória é uma das maiores e mais antigas preocupações da humanidade. Assim sendo, ao longo dos tempo, várias áreas de atuação e profissionais surgiram (e se especializaram) visando atender a essa necessidade.

De todas as áreas que se dedicam a organização, preservação e disseminação da informação três se destacam pela magnitude de suas origens e contribuições. São elas: Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia. Cada uma delas contribui para que a humanidade se (re)conheça e cresça por meio da informação disponibilizada em diferentes formatos. Elas, apelidadas por Johanna Smit, de “três marias”, ganharam no início do século passado a companhia da Ciência da Informação. Estando essas quatro áreas dedicadas ao trato informacional vem a pergunta: “Em que pontos elas se encontram e dialogam entre si?” Continuar lendo

As cinco leis da Biblioteconomia – Resenha

RANGANATHAN, Shiyali Ramamrita. As cinco leis da Biblioteconomia. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2009.

5leis

Capa da edição brasileira de “As cinco leis da Biblioteconomia”

Clássico. Esse é o primeiro adjetivo que me vem a mente quando penso no livro “As cinco leis da Biblioteconomia”, de Ranganathan. Esse adjetivo é logo precedido por outros, como: indispensável, basilar, amplo e contemporâneo. Poucas obras mantiveram seu nível de relevância com o passar dos anos como esse livro.

Um dos motivos da manutenção da importância do trabalho de Ranganathan é a contribuição dele para estruturação da Biblioteconomia como área do conhecimento. Muito da Biblioteconomia praticada atualmente se deve as cinco leis elaboradas por Ranganathan e tão bem expostas nesse livro.

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Miséria da biblioteca escolar – Resenha

SILVA, Waldeck Carneiro da. Miséria da biblioteca escolar. 3. ed. São Paulo, SP: Cortez, 2003. (Questões da nossa época, 45).
Capa do livro "Miséria da biblioteca escolar"

Capa do livro “Miséria da biblioteca escolar”

O futuro das bibliotecas escolares de Fortaleza esteve em discussão no último mês. Discussão essa originada a partir da nada brilhante, porém não surpreendente proposta de alocação de professores afastados para administrar as bibliotecas escolares do município. Felizmente, a classe bibliotecária de Fortaleza está buscando evitar que essa alocação seja institucionalizada e sensibilizar a administração municipal para a necessidade de investir na melhoria da estrutura física das bibliotecas escolares e contratar (por meio de concurso público) bibliotecários para atuarem nas mesmas.
A boa notícia é que a proposta feita pelos bibliotecários, aparentemente, foi ouvida e será considerada e será considerada pela Comissão de Cultura, Desporto e Lazer da Câmara Municipal de Fortaleza. Enquanto esperamos (e cobramos) um desenrolar positivo para essa situação vamos falar um pouquinho de uma obra que discute o desmazelo com o qual a biblioteca escolar tem sido tratada historicamente no Brasil.

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Avaliação de Usabilidade na Internet – Resenha

NASCIMENTO, José Antônio Machado do; AMARAL, Sueli Angélica do. Avaliação de usabilidade na internet. Brasília, DF: Thesaurus, 2010.

Cada vez mais os bibliotecários tem tido necessidade de incorporar novos termos e novas práticas as suas atividades profissionais. Alguns dos termos que tem ganhado espaço no jargão bibliotecário são os relativos a usabilidade. A usabilidade está diretamente vinculada aos estudos a respeito da interação humano-computador e pode ser entidade como uma série de métodos que busca entender como alguém pode empregar algo para realizar uma tarefa específica.

No livro escrito por Nascimento e Amaral a usabilidade é abordada dentro do contexto específico da internet. Nele, os autores apresentam, em quatro partes, as principais facetas desse tema, partindo dos conceitos básicos até chegarem na exposição de um exemplo prático de uso das ferramentas de usabilidade para avaliação e proposta de melhoria de uma página web. Continuar lendo

Redes sociais para Cientistas – Resenha

SANCHEZ, Ana; GRANADO, António; ANTUNES, Joana Lobo. Redes sociais para cientistas. Lisboa: Nova Escola Doutoral –  Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa, 2014.

Capa do livro Redes sociais para cientistas

Capa do livro Redes sociais para cientistas

Fazem algumas semanas que não posto resenhas, mas hoje vou quebrar esse ciclo e falar de um livro bem útil para os profissionais que não entendem muito de redes sociais, mas que querem/precisam construir perfis na web para si ou para as instituições em que trabalham. O livro em questão é Redes sociais para cientistas.

Como vocês devem está imaginando esse livro não foi idealizado para bibliotecários, mas para pesquisadores de um modo geral. Resolvi falar dele aqui porque a linguagem usada nele e o conteúdo são tão simples que mesmo que você nunca tenha ouvido falar de redes sociais dá pra construir uma noção do que se trata lendo as 56 páginas dessa obra. Eu sei que a maioria de vocês entende (ou pensa que entende) tudo e mais um pouco sobre redes sociais, mas tem muito bibliotecário que desconhece uma boa parte das ferramentas existentes – e convenhamos, ninguém é obrigado a saber de tudo – por isso acredito que esse livro pode ser bem útil. Então, vamos a obra! Continuar lendo

Livro digital e bibliotecas – Resenha

SERRA, Liliana Giusti. Livro digital e bibliotecas. Rio de Janeiro: FGV, 2014.

Capa da obra "Livro digital e bibliotecas"

Capa da obra “Livro digital e bibliotecas”

Quando eu ainda estava na graduação em Biblioteconomia uma das primeiras discussões com as quais me deparei foi acerca do crescimento dos livros digitais e a adoção desses materais pelas bibliotecas. Na época eu ainda era uma “purista-romântica-apaixonada-pelo-impresso” que não entendia como as pessoas podiam preferir o digital ao impresso. Como elas podiam não amar o livro?!?!?!?!?! Sim, eu já fui esse tipo de pessoa.

Mas e hoje? Continuar lendo

Vamos falar sobre Informação

LOGAN, Robert K. Que é informação? A propagação da organização na biosfera, na simbolosfera, na tecnosfera e na econosfera. Rio de Janeiro: Contraponto: PUC-Rio, 2012.

Quando eu ainda era bolsista de iniciação à docência – sim, fui monitora e sim, recomendo a experiência – uma das atividades que eu desempenhava era ministrar aulas seminários pros alunos das disciplinas que minha monitoria atendia. Um dos seminários que ministrei tratava do conceito de informação.

O louco disso é que quando o professor sugeriu o tema eu achei a ideia ma-ra-vi-lho-sa! Hoje eu a defino como uma das atividades mais trabalhosas que desempenhei em todas as bolsas pelas quais passei durante a graduação. Nunca na minha vida eu tinha me deparado com tantas tentativas de definição, tentativas essas que eram tão díspares as vezes. Continuar lendo

Preservar é Preciso!

THE BRITISH LIBRARY. Preservação de documentos: métodos e práticas de salvaguarda. Tradução de: Zeny Duarte. 3. ed. rev. e ampl. Salvador, BA: EDUFBA, 2009.

A preservação documental é um conjunto de diretrizes e ações que tem por objetivo garantir o acesso (com qualidade) a informação contida nos mais diversos tipos e formatos de documentos pelo maior tempo possível. Apesar da definição concisa, essa não é uma tarefa nada simples de desempenhar. Na verdade, ela constitui-se em um verdadeiro desafio para bibliotecários, arquivistas e museólogos.

Apesar da relevância da temática, ainda há certo desconhecimento acerca dos aspectos inerentes a sua realização. Nesse sentido, livros como o “Preservação de Documentos: métodos e práticas de salvaguarda” acabam por contribuir para o preenchimento de lacunas, uma vez que apresenta de maneira simplificada e didática sobre as atividades relacionadas as várias etapas do processo de preservação. Continuar lendo

Disseminação da Informação – Resenha

BARROS, Maria Helena Toledo Costa de. Disseminação da informação: entre a teoria e a prática. Marília, SP, 2003.

Disseminação da informação é uma expressão que, cada vez mais, ocupa o discurso (e a prática?) dos bibliotecários e demais profissionais da informação. Esse crescimento se deve a muitos fatores, dentre eles, o avanço vertiginoso da Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTIC) e a Lei de Acesso a Informação. Entretanto, será que estamos todos cientes do desafio que disseminar informação de e com qualidade representa?

Quando ainda estava na graduação (o que não faz tanto tempo assim) li bons textos sobre disseminação da informação, mas hoje vou falar de um livro em especial no qual “esbarrei” durante um evento e que chamou minha atenção pelo modo simples com que aborda essa tema tão complexo. Continuar lendo