Disseminação da informação é uma expressão que, cada vez mais, ocupa o discurso (e a prática?) dos bibliotecários e demais profissionais da informação. Esse crescimento se deve a muitos fatores, dentre eles, o avanço vertiginoso da Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTIC) e a Lei de Acesso a Informação. Entretanto, será que estamos todos cientes do desafio que disseminar informação de e com qualidade representa?
Quando ainda estava na graduação (o que não faz tanto tempo assim) li bons textos sobre disseminação da informação, mas hoje vou falar de um livro em especial no qual “esbarrei” durante um evento e que chamou minha atenção pelo modo simples com que aborda essa tema tão complexo.
O livro em questão é “Disseminação da informação: entre a teoria e a prática”, da Profa. Maria Helena Toledo Costa de Barros, e chama atenção pela simplicidade, amplitude e qualidade do conteúdo. A autora aborda a importância da disseminação da informação para a prática da cidadania, as correlações da disseminação com a preservação da memória, as atividades necessárias a disseminação da informação e os papeis que espera-se que os profissionais que atuam na disseminação da informação desempenhem.
Como dito, o texto é simples. A clareza do conteúdo somada ao fato da autora não ater-se apenas ao ideal, mas trazer também as dificuldades e desafios do processo de disseminação da informação são os principais pontos positivos do livro. Nessa obra, temas tradicionais e amplamente abordados como o papel do setor de referência – que continua sendo indispensável, mas que carece reinventar-se para acompanhar o dinâmico cenário informacional contemporâneo – se unem a temas pouco discutidos e compreendidos pela Biblioteconomia, como a ação cultural, permitindo aos leitores do livro refletirem sobre a disseminação da informação e questões por ela suscitadas.
O papel de disseminador da informação pode-se dá de muitos modos, mas para tanto é fundamental que os bibliotecários aprendam a movimentar-se entre o tradicional e o moderno, buscando sempre construir meios para que o acesso a informação de qualidade – esse direito humano fundamental – seja efetivado.
A biblioteconomia carece de mudanças, mas devemos suspeitar de discursos que apresentam o bibliotecário como um profissional detento de super poderes. E até nesse ponto, de abordagem tão sensível, Maria Helena T. C. de Barros é bem sucedida, pois destaca que a gama de papéis atribuídos aos bibliotecários é tão ampla que acaba por contribuir para a criação de um cenário potencialmente perigoso para o profissional que, confiando em sua polivalência, poderia assumir funções sem preparo suficiente. Portanto bibliotecários(as), busquem desenvolver as competências necessárias para tornarem-se disseminadores de informação cuja atuação seja pautada na qualidade.
Oi! Comprei ele alguns anos atrás num evento da área. A última informação que tive é que estava esgotado, mas você conferir na Estante Virtual. Espero que consiga encontrá-lo
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onde posso encontrar esse livro pra comprar
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Oi, Bruno!
Comprei esse livro com o Paulo, do Livros de Biblio. Com a extinção do site eu não sei onde ele está sendo vendido atualmente.
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