O estudo dos processos de classificação de conteúdos informacionais é um dos principais troncos da graduação em Biblioteconomia. Normalmente, tendo em vista que classificar é uma das habilidades que bibliotecários mais utilizam, os cursos possuem mais de uma disciplina dedicada a esse tema. Logo não é por acaso que o sistema de classificação mais utilizado no mundo, a Classificação Decimal de Dewey (CDD), foi criada por um bibliotecário estadunidense chamado Melvil Dewey.

Pimentões classificados segundo suas cores e dispostos em caixas, no mercado.
Fonte: ABS Free Pic
Entretanto, classificar vai muito além de atribuir códigos alfanuméricos a material bibliográfico – tarefa essa que não é tão simples quanto parece – e não é atividade restrita aos bibliotecários. Uma das obras clássicas da biblioteconomia define classificação como sendo um “processo mental pelo qual as coisas são reunidas de acordo com suas semelhanças e separadas conforme suas diferenças.” (SAYERS, 1955 apud CUNHA, CAVALCANTI, 2008, p. 84), ou seja, o ser humano classifica tudo, o tempo todo. Por exemplo, quando você divide os alimentos em “comidas que gosto” e “comidas que não gosto” está realizando um processo classificatório. A classificação é antes de qualquer coisa um processo social e acredito que um dos exemplos mais bacanas de uma classificação sendo usada como guia e como instrumento de reflexão e transformação de práticas sociais é a Classificação Indicativa. Continuar lendo →
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