Se você olha para o Setor de Referência e pensa “será que isso aí é pra mim?”, então essa lista de conselhos é pra você.

E aí, concorda com a citação? Fonte: Adaptado de Pixabay
1 – Ser tímido/a não significa não ser capaz de atuar no setor de referência. Assim como ser comunicativo não é garantia de uma boa atuação nesse setor. Sou introspectiva e reservada a maior parte do tempo com a maioria das pessoas e mesmo assim consigo desempenhar minhas atividades muito bem. Tenha em mente que falar em público é algo que pode ser aprendido e praticado;
2 – Você não precisa ser a pessoa mais simpática do mundo para atuar na referência. Educação, muita paciência e dedicação costumam ser suficientes;
3 – As vezes, você vai se deparar com situações e pessoas que vão testar sua paciência. Nessas horas, respire fundo e tente manter a calma. Confie no que você sabe;
4 – Tenha em mente que faz parte do seu trabalho revirar de ponta cabeça bases de dados, normas, guias e toda e qualquer ferramenta ou recurso que possa ser útil para sua comunidade;
4.1 – Domina os recursos informacionais de que sua comunidade precisa? Então vá a Maomé, ou seja, encontre jeitos de se comunicar e tentar transmitir o que você sabe para sua comunidade;
5 – Nunca, nunca mesmo, ache que estar na mídia social da moda é suficiente para alcançar sua comunidade. Isso pode ser mais ou menos importante dependendo do seu público alvo, mas sua presença nela não lhe exime de explorar outras possibilidades e nem lhe permite ignorar canais de comunicação mais tradicionais. As vezes, um cartaz impresso em papel A4 tem mais impacto que suas postagens no Facebook;
6 – Conscientize-se que o trabalho de referência é um trabalho sem fim. Novos usuários chegam e você tem que explicar o básico de novo. Os usuários mudam e isso, muitas vezes, exige que o serviço de referência também mude e se reinvente;
7 – Peça ajuda sempre que precisar e lembre-se que cada profissional tem seu estilo de atuação. O fato de seus colegas agirem de maneira formal/informal não significa que você tenha que agir do mesmo modo. Encontre um estilo de atuação que combine com a sua personalidade;
8 – Por fim, tenha sempre em mente que cada comunidade de usuários têm necessidades específicas e que, portanto, as ações bem sucedidas que você realizou no passado e/ou em outras bibliotecas podem não funcionar no presente.
Trabalhar na referência é excelente, mas exige muito dos profissionais que nela atuam. Não pense nem por um segundo que esse tipo de trabalho pode ser levado na brincadeira. A comunidade que você atende merece o seu melhor e por isso se, depois de tentar, você concluir que a referência não é pra você, tudo bem. Bibliotecas tem espaço para todos/as e tenho certeza que você conseguirá encontrar seu lugar.
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Conta pra gente sua experiência quando começar a atuar nesse setor.
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Oi, Bosco!
Bem-vindo ao curso de Biblioteconomia e ao Estante de Bibliotecária!
Aos pouquinhos vou postando as novidades e dicas. Um abraço.
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Estou no primeiro período de Biblioteconomia. Gostei muito de suas dicas. Se for possível publicar mais delas, encontrará em mim um ávido leitor!!!
Ainda não sei tudo o que se faz no setor de referência. Mas o atendimento ao público interessado em adquirir informações parece ser muito gratificante, não?!
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Não trabalho com referência ainda, mas vou guardar todas essas dicas 🙂
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Oi, Paulla!
Bom te ler por aqui. Leva tempo encontrar um estilo. Sem contar no quanto que esse estilo vai mudando ao longo do tempo. Não trabalho na referência a tanto tempo assim, mas já sinto que mudei várias vezes. Espero que você arrase nesse retorno ao Setor de Referência.
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Sim! Gostei bastante! Estou trabalhando com referência agora (novamente), e estou exatamente com esses pensamentos: qual é meu estilo? o que mais posso fazer para ajudar minha comunidade? para fazê-los encontrar o que precisam? Um trabalho árduo e/mas recompensador 😀
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