Desapega! Desapega! Ou como em 2015 eu… Doei livros

O ano que passou foi aquele no qual, dentre outras coisas, eu decidi trabalhar o desapego. Foi um processo longo – durou o ano inteiro! [e continua, pois é algo que se leva pra vida] – e causou estranhamento em muita gente, mas foi uma das coisas mais legais que fiz em 2015.

Vocês devem está se perguntando porque estou falando de desapego aqui no blog, pois explico. Um dos pontos nos quais foquei durante esse processo foi aprender a me desfazer dos meus LIVROS.

Sim, você leu direito. Eu me desfiz de boa parte dos meus livros. Na verdade, devo ter doado uns 150 exemplares aproximadamente. Digo doar porque eles não foram só para amigos e conhecidos [ou nem tanto], mas também para bibliotecas. Um colega de outro estado levou uns 15 para uma biblioteca comunitária da cidade dele.

Minha experiência anterior com doação de livros tinha sido durante o término do ensino médio quando parte do meu acervo pessoal foi para uma biblioteca comunitária aqui das redondezas. Entretanto, os livros doados nessa época não eram livros que eu estimava, eram enciclopédias e outros livros que usava me pesquisas escolares. Já os livros que doei em 2015 eram do tipo “juntei grana pra comprar”, “amo essa história, esse autor”… E por aí vai.

Foi um processo curioso. No começo eu achei que, apegada do jeito que sou [ainda tenho dificuldades pra emprestar livros, por exemplo], só conseguiria dar aqueles livros cuja leitura não gostei ou cujo conteúdo não era meu objeto de interesso direto, mas terminei o ano doando livros de Eduardo Galeano e Caio Fernando Abreu simplesmente pelo prazer de proporcionar a outro leitor a possibilidade de se encantar [ou não] com a leitura daquelas obras.

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Além de livros, doei blocos de notas, revistas, imãs, calculadora e ursos de pelúcia fofinhos como o da foto. Fonte da imagem: Pixabay

Você deve se perguntar “Ah, mas porque você não vendeu esses livros? Podia ter ganhado uma grana.” Verdade. Podia mesmo. E confesso que pensei nisso uma ou duas vezes, mas o aprendizado que adquiri no processo e a quantidade de gente que ficou feliz porque “ganhou livros” me foram mais que suficientes.

Então, se assim como eu você também acumula pilhas de livros que [mal] leu uma vez, deixo esse conselho aparentemente simples, mas que não é tão simples de executar: Desapega!

Doe, troque, venda, “perca” seus livros por aí e aprenda que não é a posse de uma grande quantidade de exemplares que te faz ser um leitor, mas sim aproveitar as leituras. Guarde contigo aquelas obras que te tocam profundamente de algum modo ou que são [super] úteis. Guarde-as porque você PRECISA delas e nunca deixe um livro ali, parado, pegando poeira… Em 2016 compartilhe leituras, doe livros.

4 respostas em “Desapega! Desapega! Ou como em 2015 eu… Doei livros

  1. Pingback: Nem toda doação é um ato de amor | Estante de Bibliotecária

  2. 100 livros é muita coisa. Comecei a doar porque precisava de espaço (acho que todo mundo começa por isso), mas hoje me encanta a ideia dos livros circulando por aí

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  3. Pois é, um ano de desapegos para nós…

    Fiz uma doação no início de 2016. Antes da cirurgia. Acho que era uma herança psicológica. Doei cerca de 100 livros, o que nem fez cócegas na bagunça.

    Fiz mais porque precisava de espaço para os livros que estavam amontoados, então não sei se sou tão desapegado assim, ainda…

    Mas doei até livros que jamais pensaria em doar… Acho que no final do ano farei de novo…

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